sexta-feira, julho 28, 2006

O sabor da água

Deixar para trás um castelo imponente de luz, uma noite de música - e algum stress tipico de equipa nova - dizer até amanhã aos amigos e embalar o rio no ouvido, calmo e corrido.
Uma noite.
Outras virão. As fotos estão ali à porta.

quarta-feira, julho 26, 2006

Revés num Workshop

Por motivos fortes temos de cancelar o workshop e actuação das adufeiras de Monsanto.
Um pequeno revés num programa que acreditamos manter-se forte.

quarta-feira, julho 19, 2006

Outros percursos

Julho, a preparar Agosto.
O mês termina com a calma do Sabugal embalada em música e cultura popular.
Por sua vez o Vimioso recebe um projecto bébé - como nós - "Sons e ruralidades": Agregar a música e o campo em nome de uma forma de vida.
Montalegre junta o tradicional, o moderno e o paganismo celta para o Celtirock.
O castelo de Sines recebe um dos marcos maiores no roteiro das músicas do mundo: FMM Sines.
Fornotelheiro, sem pompa mas com toda a substância propõe os III encontros Etnográficos. Se pensam que são "ranchos" desenganem-se!Já em Agosto, na primeira semana, o sempre presente Andanças.
Bem, e o Danzas sin fronteras, lá para o final de Agosto, em Madrid.

Os Caminhos a Seguir

segunda-feira, julho 17, 2006

Para Pensar

“Um dia virá em que, no próprio local em que se situava, se perguntará onde ficariam todas as cidades que ao longo dos séculos impuseram o seu domínio, todos os monumentos que, pela sua amplidão ou beleza, ornamentaram os impérios.”

Séneca, epist.LXXI

Boleias: trocas e baldrocas

No espirito do festival: usem os comentários (este número aqui por cima) desta posta para partilhar os lugares no carro, discutir como chegar.
Eu posso dar boleia a uma/duas pessoas do Sabugal para o Andanças, no dia 31.

sexta-feira, julho 14, 2006

Uma imagem a Procurar

Eis o flyer que nos próximos dias vão encontrar um pouco por todo o lado. Imprimam à vontade, enviem ao vizinho, à vizinha, ao amigo, à inimiga, ao cão, ao gato, ao lince, ao polícia... afinal é gratuito.

Património Arquelógico a visitar 3

Dólmen de Sacaparte:

Nas proximidades do Convento de Sacaparte, existem ainda os restos de um dólmen. Deste primitivo monumento sobram apenas três pedras, que constituem os restos de uma construção mais complexa, da qual só visualizamos uma parte reduzida, pois o monumento terá sido destruído ao longo do tempo, pelos trabalhos agrícolas e florestais e pela reutilização das pedras em muros das propriedades envolventes. A forma de colocação das pedras fincadas no solo é cuidada e a orientação E-SE do eixo principal da construção confirmam que se trata de um monumento funerário pré-histórico.
Estas construções sepulcrais eram constituídas por pedras mais ou menos verticais, em número variável – os esteios, e cobertas por uma grande laje horizontal – a mesa ou chapéu, formando uma câmara que se prolonga, por vezes, por um corredor igualmente coberto. As câmaras fúnebres podiam ter grandes dimensões, com mais de 2 metros de altura, outras vezes eram mais baixas, como parece suceder neste caso.
Mas o dólmen não se reduzia apenas ao grande caixão de pedra. Estas lajes estavam, na origem, cobertas por um amontoado de pedra miúda e de terra que revestiam por completo a estrutura pétrea, formando uma suave elevação no terreno, de forma semiesférica, que popularmente se designa por mamoa. As antas que hoje visualizamos estão, por isso mesmo, já bastante descaracterizadas, pois apenas lhes sobra a câmara interior. No dólmen de Sacaparte ainda se notam algumas pequenas pedras em torno das lajes fincadas, testemunhando a sua primitiva cobertura.
Nestas estruturas mortuárias eram colocados os restos mortais dos indivíduos das comunidades neolíticas e calcolíticas que habitaram a região durante o IV e III milénio a.C. Junto com os despojos funerários eram depositadas algumas peças de cerâmica e artefactos de pedra polida ou lascada. Muitas vezes os próprios esteios das antas apresentavam pinturas ou gravuras de arte esquemática, de significado desconhecido, que contribuem para a datação do monumento, o que não parece ocorrer neste caso.
O dólmen de Sacaparte é o único testemunho megalítico preservado no concelho do Sabugal, apesar de bastante destruído. No entanto, sabemos que a região do vale superior do rio Côa foi rica em termos de megalitismo, porque terão existido, pelo menos, mais nove antas na actual área municipal, que foram entretanto destruídas ao longo dos tempos: cinco em Ruivós, duas em Aldeia da Ribeira, uma no Cardeal (Rendo) e outra na Bendada.

Texto: Marcos Osório

quarta-feira, julho 12, 2006

Património Arquelógico 3

Gravuras rupestres de Vilar Maior:


Em Vilar Maior, defronte dos antigos Paços do Concelho, no decurso da remoção de um muro existente, identificou-se um conjunto de gravuras numa laje granítica, desobstruída com estes trabalhos, onde destaca um grande motivo quadrangular reticulado de 7X8 fiadas de quadrículas, que se assemelha a um tabuleiro de jogo.
A observação atenta dos estranhos motivos geométricos e abstractos que se observavam ao lado do grande quadrilátero, nomeadamente os halteriformes, os escaliformes, as figuras em "V" (de conotações femininas) e as múltiplas covinhas, confirmaram que se trata do primeiro painel de arte rupestre pré-histórica do concelho do Sabugal.
A gravação foi obtida através da percussão de artefactos líticos ou metálicos na superfície da rocha. Os motivos variam na largura e na profundidade da gravação.
Apesar do grande esquematismo das gravuras, recorrendo, na grande maioria dos casos, a imagens geométricas, elas representam figurações naturalistas e antropomórficas, associadas sinteticamente a ideias ou conceitos, para nós desconhecidos.
Este repertório iconográfico é enquadrado pelos especialistas dentro do conhecido fenómeno da Arte Esquemática, com inúmeros paralelos artísticos conhecidos em outras regiões portuguesas (sobretudo no interior-norte). Ao contrário da arte paleolítica, em que eram gravados sobretudo animais, a arte esquemática é uma expressão mais recente, que representa a evolução para figurações muito esquematizadas, à base de símbolos, figuras geométricas e representações antropomórficas. Este estilo artístico iniciou-se no Neolítico e difundiu-se sobretudo no período do Calcolítico e Idade do Bronze (III-II milénios a.C.).
Em Vilar Maior conheciam-se já vestígios arqueológicos que atestam uma rica ocupação humana no período da Idade do Bronze Final, sobretudo a famosa espada de bronze, de lâmina pistiliforme (no Museu Regional da Guarda), mas também as contas de colar de pasta vítrea, os machados e enxós votivas de pedra polida, as mós de vaivém e a cerâmica manual e a torno. Estas gravuras rupestres permitem suspeitar que o povoamento local recua ainda mais alguns séculos e que estas comunidades criaram um espaço sagrado ou artístico na encosta meridional do relevo, onde deixaram gravadas, para a posteridade, representações mitológicas, ou simplesmente artísticas, sobre as suas concepções da realidade envolvente - as quais somos impotentes para descodificar. Esta rocha desenhada poderia servir de enquadramento a ritos que ali se processavam ou faria alusão a acontecimentos mitológicos, cuja natureza nos escapa.
Constitui, seguramente, mais um ponto de interesse arqueológico na própria Vila medieval e no Concelho do Sabugal.

Texto: Marcos Osório

segunda-feira, julho 10, 2006

Apresentamos o Transcudano

A imagem da Transcudânia pela qual nos poderão reconhecer.
Obrigado Manuel Morgado!! Magnífico trabalho.

Sitios Arqueológicos a Visitar 2

Caria Talaia:


Caria Talaia é o primitivo topónimo de um lugar pertencente à freguesia da Ruvina, conhecido apenas na documentação antiga. O topónimo tem origem árabe e possui o significado de “pousada-vigia”. O local corresponde hoje a um elevado relevo, destacado e sobranceiro ao rio Côa, a cerca de 11 km do Sabugal, com o nome de cabeço da Senhora das Preces, por ter sido edificada aí uma ermida de sua devoção.
A sua localização estratégica num óptimo ponto de travessia deste rio concedeu-lhe a importância militar no controlo das vias naturais e do território que se alcança desde o seu topo. Ainda se podem observar, hoje, os vestígios das antigas poldras de passagem do rio.
No topo do relevo foram identificados diversos fragmentos de cerâmica manual, de tradição pré-histórica, um fragmento de mó de vaivém de granito, e há referência ainda ao achado de um machado em bronze, que mostra que aí viveu uma comunidade que talvez recuasse à Idade do Bronze Final. Enquanto não forem realizadas escavações no local não poderemos conhecer melhor a natureza e a cronologia de ocupação primitiva do sítio.
Mais tarde, terá sido iniciada a construção de uma fortificação neste monte, pelos monarcas leoneses (século XIII), oposta ao castelo português de Vila do Touro, do outro lado do Côa, fundado pelos Templários.
A mais antiga referência a este assentamento militar data de 1226, na descrição dos limites do termo da Vila de Alfaiates. Conhece-se outra menção em 1231, numa carta de Fernando III à Vila do Sabugal, citando-a já como aldeia do termo do concelho do Sabugal. A última alusão data de 1320-21, já depois da passagem de Riba-Côa para posse portuguesa, onde se menciona a «igreja de Santa Maria de Caria Talaya».
A partir do século XIV, a aldeia terá sido abandonada e despovoada, pois deixou de deter importância estratégica e militar com o recuo da fronteira castelhana para leste. No local ainda se detectam os vestígios da antiga muralha defensiva, entre os quais alguns silhares com marcas de canteiro. No entanto, são parcos os indícios materiais da antiga povoação que aí terá existido.


Autoria: Marcos Osório

Sitios Arqueológicos a Visitar

Sabugal Velho:

As ruínas do Sabugal Velho situam-se na freguesia de Aldeia Velha. Os vestígios cobrem a totalidade do topo de um pequeno relevo, destacado da superfície planáltica pelos seus 1019 m de altitude, obtendo um amplo domínio visual da plataforma da Guarda/Sabugal, a norte. Para além do potencial estratégico, a ocupação humana do assentamento decorre da sua riqueza mineira, estando confirmada a presença de filões de ferro e estanho nas imediações.
No local foram realizadas escavações arqueológicas, entre 1998 e 2002, que atestaram a presença de vestígios construtivos e de materiais relativos a duas épocas cronológicas: a 1ª fase habitada durante o I milénio a.C. e a 2ª fase de presença humana nos séculos XII-XIII. As conclusões das intervenções nesta estação arqueológica indicam que o Sabugal Velho é um dos sítios arqueológicos fundamentais para o estudo e para a compreensão da proto-história da Beira Interior e da presença leonesa em terras de Riba-Côa.
No local são visíveis diversas construções arruinadas, distribuídas pelo topo do relevo e totalmente envolvidas por um anel de derrube de pedras, delimitando as suas íngremes encostas, e por uma segunda construção exterior de terra batida, apenas na encosta poente. As escavações permitiram apurar que estas ruínas se reportam à última presença humana no relevo, testemunhando uma aldeia medieval fortificada, cujas construções se encontram bem conservadas e dispersas por todo o espaço intra-muralhas. O aglomerado foi organizado com uma planta ortogonal. O casario distribui-se ao longo de uma rua central, para a qual desembocam pequenas e estreitas artérias transversais. Os edifícios, construídos em xisto, apresentam planta rectangular e alinham-se ao longo desses eixos da povoação.
Os trabalhos arqueológicos permitiram detectar um nível de ocupação mais antigo, com interessantes vestígios construtivos de comunidades do Bronze Final e Idade do Ferro, e possibilitaram o conhecimento da sua cultura material: cerâmica manual, cerâmica a torno pintada, cadinhos, escopros, fíbulas, machados de pedra, contas de colar de pasta vítrea, um pendente de xisto, mós de vaivém e pesos de seixo.
Por outro lado, obteve-se também uma panorâmica da vivência quotidiana das populações ribacudanas, durante a presença leonesa dos séculos XII-XIII, através da recolha de algumas mós circulares, escória, ferraduras, argolas e espigões, cravos e pregos, uma chave, moedas, alguidares e outra cerâmica comum doméstica, tampas e testos, uma conta de colar, fivelas de cinturão, uma rela. É a partir deste espólio que se podem obter os melhores paralelos para datar os testemunhos da ocupação humana nos dois diferenciados períodos de ocupação.
O povoado foi reabilitado para ser visitado pela população e os materiais provenientes das campanhas arqueológicas encontram-se expostos no actual Museu Municipal do Sabugal, e constituem um dos seus maiores atractivos de visita.

Autoria: Marcos Osório

Onde Comer

Além do serviço de petiscos existente no festival existem no sabugal os seguintes Restaurantes para comer:


2000 - Rua do Emigrante, 271 752 358

Café Petisqueira Avenida - Av. dos Bombeiros, 271 753 675
Especialidades: Bitoque

Churrasqueira O Pedro - Rua Almeida Garrett, nº3
Especialidades: Churrasco

D. Dinis(RaiHotel)- Largo do Cinema, nº9, 271 750 100, Fax: 271 754 300
Especialidades: Lombinhos de Vitela com aromas da Região

Europa - Rua Teófilo Braga, nº3, 271 753 854
Especialidades: Churrasco, Bacalhau

Girassol - Rua 5 de Outubro, nº20, 271 752 126
Especialidades: Bifes de Vitela, Bacalhau assado

Milénio - Rua Ribeiro do Trancão, 271 752 112
Especialidades: Feijoada à Beirão, Truta do Côa

Mira Côa - Rua Marquês de Pombal, 271 754 206
Especialidades: Cabrito, Bacalhau a Mira Côa

Nortada Snack-bar - Largo da Fonte, 966 794 755
Especialidade: Bifanas, Francesinhas

O Lei - Rua do Rio Côa, 271 752 325
Especialidades: Vitela

O Retiro -Estrada da Sr.ª da Graça, 271 752 298
Especialidades: Picanha a brasileira, Pescada

Pirão - Bairro Quinta das Poltras, 271 753 733
Especialidades: Leitão assado

Pizzaria Sabugalense - Rua Florbela Espanca, 271 754 133
Especialidades: Pizzas, crepes doces

Pizzaria Nogueira - Rua António José de Almeida, 49,913 434 256/919 244 917
Especialidades: Pizzas; Baguetes; Crepes; Saladas; Crepes

Robalo - Largo do Cinema, nº4, 271 753 566/Fax: 271 753 594
Especialidades: Cabrito ou Borrego na Brasa, Bacalhau á casa

Sol rio - Av. Infante D. Henrique, nº58271 753 197/271 752 070
Especialidades: Borrego na panela de ferro, Truta do Côa

domingo, julho 09, 2006

Onde Dormir

Além de um parque de campismo improvisado junto ao Côa podem tambem escolher um dos seguintes locais para dormir:

Residencial "O Robalo"
Telf. 271753566/271753594

Albergaria Santa Isabel "Rai Hotel"

Telf. 271750100
Fax. 271754300
E-Mail: raihotel@clix.pt

Hospedaria Senhora da Graça
Telf. 271754237/8
E-Mail: hospedaria.sradagraca@clix.pt

Residencial "Sol-Rio"
Telf. 271753197
Fax. 271752070

Residencial "O Mesquita"
Telf. 963745716





terça-feira, julho 04, 2006

Bons sonhos



Bons sonhos. Ali do lado direito do rio é o quarto: vista pânoramica, sombra, embalo de água corrente e tecto de estrelas. Levem tenda!
A praia fluvial dispõe de casas de banho (pequenotas) com água corrente e não vão resistir a um banho no Côa para despertar para cada dia.
Se tiverem um ataque de comodismo, a cidade do Sabugal é rica em alojamento.