terça-feira, setembro 19, 2006

Serra das mesas ultima parte


Formas de Pormenor – As Mesas – No trabalho de campo acerca da morfologia granítica na Serra das Mesas fomos presenteados com uma enorme variedade de formas de entre as quais destacamos, pela sua originalidade e singularidade as “mesas”. As “mesas” são a designação adoptada para referenciar esta forma cúbica e relativamente bem conservada que apresentam os blocos graníticos nesta serra. Foi talvez devido a este desconcertante modelado que a sabedoria popular pertinentemente chamou a esta serra a Serra das Mesas.

A morfologia designada por mesas tem claramente a sua génese no sistema de fracturas ortogonais, sendo a partir desta associação relativamente complexa de diáclases que se interseccionam formando ângulos rectos entre si, que se justifica a forma cúbica que apresentam as mesas, ou seja, blocos perfeitamente cúbicos, quase sempre ultrapassando a dimensão métrica.

As observações permitem-nos constatar, em primeiro lugar, um incisivo sistema de fracturas ortogonais, desenhando uma matriz bastante perfeita de diáclases, em segundo lugar, esta área provavelmente possui uma constituição mineralógica que difere nalgumas características do restante batólito e a partir do qual se poderá justificar uma maior resistência aos processos de meteorização resultando assim na morfologia única que apresenta.

Na evolução e desenvolvimento das “mesas” observamos que as zonas de diaclasamento correspondem às áreas a partir das quais os materiais alterados por meteorização foram transportados através do escoamento da água, formando espaçamentos cada vez mais largos entre os blocos, como é visível na fotografia que apresentamos.

quarta-feira, setembro 13, 2006

Serra das mesas parte II

Morfologia granitica da Serra das Mesas

Nesta área o estudo da morfologia granítica revelou uma intensa e interessante paisagem apresentando um modelado que se confirma variado e bastante singular, como são os exemplos que apresentamos em seguida, resultando em formas graníticas desconcertantes e pouco usuais que marcam indubitavelmente a paisagem e causando forte impacto no observador pela surpreendente beleza!

A meteorização esferoidal – As bolas de granito, variando em tamanho e perfeição de arredondamento, estão amplamente distribuídas por todos os continentes e em todos os tipos de climas, formando na paisagem conjuntos ou ocorrendo isoladamente. A génese e profusão das bolas graníticas deve-se ao facto das massas graníticas se encontrarem intensa e naturalmente diaclasadas, resultando este sistema de fracturação em inúmeros blocos relativamente individualizados e que posteriormente com a actuação dos processos de meteorização vão alterando e transformando o granito fresco, evoluindo os blocos duma forma angulosa para uma forma progressivamente arredondada.

A meteorização esferoidal, também designada por meteorização em “casca de cebola”, consiste no processo de formação de “conchas” concêntricas que envolvem completamente o núcleo de um bloco.

O processo de meteorização em “casca de cebola” está ligado ao desencadear da descompressão nos blocos de granito a partir de um ponto central provocando assim um desequilíbrio na estabilidade do bloco que evolui para o destacamento de placas por inteiro que envolvem o núcleo da rocha, podendo mesmo afectar conjuntos de blocos que apesar de sobrepostos não impedem a continuidade do processo de disjunção esferoidal de placas em redor de um bloco central, ou seja, ocorre um lajeamento concêntrico em consequência do alívio da pressão pois os materiais suprajacentes vão sendo alterados e removidos. Para ilustrarmos este caso concreto, apresentamos a seguinte fotografia:

sexta-feira, setembro 08, 2006

Serra das Mesas parte 1

Estudo da morfologia granítica na Serra das Mesas

Localização e enquadramento da área de estudo. A Serra das Mesas, latitude 40º 16’ 22’’N, longitude 6º 51’ 30’’W e altitude 1256 m, respeitante ao marco geodésico das Mesas, localiza-se na área sudeste do Concelho do Sabugal, concretamente na freguesia de Foios. A Serra das Mesas, constituindo um batólito, isto é, de natureza granítica, é parte integrante do sector terminal, ocidental, da Cordilheira Central espanhola, que penetra no território português através de um conjunto de elevações usualmente designado por Serra da Malcata, mas que as designações locais de toponímia diferenciam como é exemplo a Serra das Mesas,

A Serra das Mesas

A Serra das Mesas destaca-se do conjunto de elevações onde está inserida, unidade geomorfológica da Serra da Malcata, por duas razões, em primeiro lugar, pela altitude, possuindo o ponto onde ocorre a maior altitude da unidade, atingindo os 1256m, e em segundo lugar, pelo facto de ser a única serra deste conjunto onde domina a litologia granítica.

Em relação à litologia a Serra das Mesas apresenta um granito porfiróide de duas micas e grão médio a fino. A Serra das Mesas é uma área intrigante e rica ao nível do modelado granítico, sendo possível observar na paisagem o granito esculpido com arte e mestria pela natureza e pela passagem do tempo. A área apresenta uma morfologia desconcertante tanto pela riqueza, como pela quantidade e originalidade de modelado que conserva e que resultou numa diversidade exuberante de formas.

O desenvolvimento do trabalho de campo levou à comprovação que o batólito da Serra das Mesas é um extraordinário “laboratório” de pesquisa da morfologia granítica, apresentando um ecletismo realmente notável e originando uma multiplicidade de formas sempre originais, sempre surpreendentes.

Autor: Vitor Clamote

domingo, agosto 13, 2006

As opiniões

Ainda bem que causamos impacto.

Gostaram? Que correu mal? Com melhorar? Deixem os vossos comentários aqui em cima!!

No blog da casa, um artigo, por alguém que também estava deste lado, com pés cabeça e muito bom senso.
O matarbustos e a Iké [1, 2, 3, 4, 5, 6] aceitaram o desafio - obrigado - de conhecer o castelo e dizem de sua justiça. Com fotos... a fazer justiça ao que não nos cansamos de dizer.

Podem ter a certeza que todos os comentários - e conversas - vão fazer a diferença daqui a um ano.

quarta-feira, agosto 09, 2006

Caminhada a Malcata

Caminhada a Malcata

Do Sabugal nos partimos,

vendo ao longe densa mata,

suaves encostas subimos,

para chegar a Malcata.

Corria a água para norte,

a água do Rio Côa;

Nós com saúde e com sorte,

Chegamos a coisa boa.

Com passos de papa-léguas,

Caminho fomos vencendo:

Lutamos ganhamos tréguas,

Deu no que estamos vendo.

Cada qual em seu lugar,

Comendo bebendo vinho -

Com tempo para saborear,

Este rico almocinho.

Sabemos que:

A todos o mar encanta!

Encantam as ondas na praia!;

Mas a serra, também encanta,

É bela a terra, os Verdes e a M,aia.

A todos os que aqui estão,

Que vieram a este passeio!

Desejo do meu coração!!!

Vivam bem um século e meio.

Alfredo Correia

Sabugal, 29/07/2006

quarta-feira, agosto 02, 2006

Depois das sensações, as imagens

As primeiras.
Fica o apelo para que nos enviem todas as fotografias que tenham. São importantes para os grupos que actuaram.


sexta-feira, julho 28, 2006

O sabor da água

Deixar para trás um castelo imponente de luz, uma noite de música - e algum stress tipico de equipa nova - dizer até amanhã aos amigos e embalar o rio no ouvido, calmo e corrido.
Uma noite.
Outras virão. As fotos estão ali à porta.

quarta-feira, julho 26, 2006

Revés num Workshop

Por motivos fortes temos de cancelar o workshop e actuação das adufeiras de Monsanto.
Um pequeno revés num programa que acreditamos manter-se forte.

quarta-feira, julho 19, 2006

Outros percursos

Julho, a preparar Agosto.
O mês termina com a calma do Sabugal embalada em música e cultura popular.
Por sua vez o Vimioso recebe um projecto bébé - como nós - "Sons e ruralidades": Agregar a música e o campo em nome de uma forma de vida.
Montalegre junta o tradicional, o moderno e o paganismo celta para o Celtirock.
O castelo de Sines recebe um dos marcos maiores no roteiro das músicas do mundo: FMM Sines.
Fornotelheiro, sem pompa mas com toda a substância propõe os III encontros Etnográficos. Se pensam que são "ranchos" desenganem-se!Já em Agosto, na primeira semana, o sempre presente Andanças.
Bem, e o Danzas sin fronteras, lá para o final de Agosto, em Madrid.

Os Caminhos a Seguir

segunda-feira, julho 17, 2006

Para Pensar

“Um dia virá em que, no próprio local em que se situava, se perguntará onde ficariam todas as cidades que ao longo dos séculos impuseram o seu domínio, todos os monumentos que, pela sua amplidão ou beleza, ornamentaram os impérios.”

Séneca, epist.LXXI

Boleias: trocas e baldrocas

No espirito do festival: usem os comentários (este número aqui por cima) desta posta para partilhar os lugares no carro, discutir como chegar.
Eu posso dar boleia a uma/duas pessoas do Sabugal para o Andanças, no dia 31.

sexta-feira, julho 14, 2006

Uma imagem a Procurar

Eis o flyer que nos próximos dias vão encontrar um pouco por todo o lado. Imprimam à vontade, enviem ao vizinho, à vizinha, ao amigo, à inimiga, ao cão, ao gato, ao lince, ao polícia... afinal é gratuito.

Património Arquelógico a visitar 3

Dólmen de Sacaparte:

Nas proximidades do Convento de Sacaparte, existem ainda os restos de um dólmen. Deste primitivo monumento sobram apenas três pedras, que constituem os restos de uma construção mais complexa, da qual só visualizamos uma parte reduzida, pois o monumento terá sido destruído ao longo do tempo, pelos trabalhos agrícolas e florestais e pela reutilização das pedras em muros das propriedades envolventes. A forma de colocação das pedras fincadas no solo é cuidada e a orientação E-SE do eixo principal da construção confirmam que se trata de um monumento funerário pré-histórico.
Estas construções sepulcrais eram constituídas por pedras mais ou menos verticais, em número variável – os esteios, e cobertas por uma grande laje horizontal – a mesa ou chapéu, formando uma câmara que se prolonga, por vezes, por um corredor igualmente coberto. As câmaras fúnebres podiam ter grandes dimensões, com mais de 2 metros de altura, outras vezes eram mais baixas, como parece suceder neste caso.
Mas o dólmen não se reduzia apenas ao grande caixão de pedra. Estas lajes estavam, na origem, cobertas por um amontoado de pedra miúda e de terra que revestiam por completo a estrutura pétrea, formando uma suave elevação no terreno, de forma semiesférica, que popularmente se designa por mamoa. As antas que hoje visualizamos estão, por isso mesmo, já bastante descaracterizadas, pois apenas lhes sobra a câmara interior. No dólmen de Sacaparte ainda se notam algumas pequenas pedras em torno das lajes fincadas, testemunhando a sua primitiva cobertura.
Nestas estruturas mortuárias eram colocados os restos mortais dos indivíduos das comunidades neolíticas e calcolíticas que habitaram a região durante o IV e III milénio a.C. Junto com os despojos funerários eram depositadas algumas peças de cerâmica e artefactos de pedra polida ou lascada. Muitas vezes os próprios esteios das antas apresentavam pinturas ou gravuras de arte esquemática, de significado desconhecido, que contribuem para a datação do monumento, o que não parece ocorrer neste caso.
O dólmen de Sacaparte é o único testemunho megalítico preservado no concelho do Sabugal, apesar de bastante destruído. No entanto, sabemos que a região do vale superior do rio Côa foi rica em termos de megalitismo, porque terão existido, pelo menos, mais nove antas na actual área municipal, que foram entretanto destruídas ao longo dos tempos: cinco em Ruivós, duas em Aldeia da Ribeira, uma no Cardeal (Rendo) e outra na Bendada.

Texto: Marcos Osório

quarta-feira, julho 12, 2006

Património Arquelógico 3

Gravuras rupestres de Vilar Maior:


Em Vilar Maior, defronte dos antigos Paços do Concelho, no decurso da remoção de um muro existente, identificou-se um conjunto de gravuras numa laje granítica, desobstruída com estes trabalhos, onde destaca um grande motivo quadrangular reticulado de 7X8 fiadas de quadrículas, que se assemelha a um tabuleiro de jogo.
A observação atenta dos estranhos motivos geométricos e abstractos que se observavam ao lado do grande quadrilátero, nomeadamente os halteriformes, os escaliformes, as figuras em "V" (de conotações femininas) e as múltiplas covinhas, confirmaram que se trata do primeiro painel de arte rupestre pré-histórica do concelho do Sabugal.
A gravação foi obtida através da percussão de artefactos líticos ou metálicos na superfície da rocha. Os motivos variam na largura e na profundidade da gravação.
Apesar do grande esquematismo das gravuras, recorrendo, na grande maioria dos casos, a imagens geométricas, elas representam figurações naturalistas e antropomórficas, associadas sinteticamente a ideias ou conceitos, para nós desconhecidos.
Este repertório iconográfico é enquadrado pelos especialistas dentro do conhecido fenómeno da Arte Esquemática, com inúmeros paralelos artísticos conhecidos em outras regiões portuguesas (sobretudo no interior-norte). Ao contrário da arte paleolítica, em que eram gravados sobretudo animais, a arte esquemática é uma expressão mais recente, que representa a evolução para figurações muito esquematizadas, à base de símbolos, figuras geométricas e representações antropomórficas. Este estilo artístico iniciou-se no Neolítico e difundiu-se sobretudo no período do Calcolítico e Idade do Bronze (III-II milénios a.C.).
Em Vilar Maior conheciam-se já vestígios arqueológicos que atestam uma rica ocupação humana no período da Idade do Bronze Final, sobretudo a famosa espada de bronze, de lâmina pistiliforme (no Museu Regional da Guarda), mas também as contas de colar de pasta vítrea, os machados e enxós votivas de pedra polida, as mós de vaivém e a cerâmica manual e a torno. Estas gravuras rupestres permitem suspeitar que o povoamento local recua ainda mais alguns séculos e que estas comunidades criaram um espaço sagrado ou artístico na encosta meridional do relevo, onde deixaram gravadas, para a posteridade, representações mitológicas, ou simplesmente artísticas, sobre as suas concepções da realidade envolvente - as quais somos impotentes para descodificar. Esta rocha desenhada poderia servir de enquadramento a ritos que ali se processavam ou faria alusão a acontecimentos mitológicos, cuja natureza nos escapa.
Constitui, seguramente, mais um ponto de interesse arqueológico na própria Vila medieval e no Concelho do Sabugal.

Texto: Marcos Osório

segunda-feira, julho 10, 2006

Apresentamos o Transcudano

A imagem da Transcudânia pela qual nos poderão reconhecer.
Obrigado Manuel Morgado!! Magnífico trabalho.

Sitios Arqueológicos a Visitar 2

Caria Talaia:


Caria Talaia é o primitivo topónimo de um lugar pertencente à freguesia da Ruvina, conhecido apenas na documentação antiga. O topónimo tem origem árabe e possui o significado de “pousada-vigia”. O local corresponde hoje a um elevado relevo, destacado e sobranceiro ao rio Côa, a cerca de 11 km do Sabugal, com o nome de cabeço da Senhora das Preces, por ter sido edificada aí uma ermida de sua devoção.
A sua localização estratégica num óptimo ponto de travessia deste rio concedeu-lhe a importância militar no controlo das vias naturais e do território que se alcança desde o seu topo. Ainda se podem observar, hoje, os vestígios das antigas poldras de passagem do rio.
No topo do relevo foram identificados diversos fragmentos de cerâmica manual, de tradição pré-histórica, um fragmento de mó de vaivém de granito, e há referência ainda ao achado de um machado em bronze, que mostra que aí viveu uma comunidade que talvez recuasse à Idade do Bronze Final. Enquanto não forem realizadas escavações no local não poderemos conhecer melhor a natureza e a cronologia de ocupação primitiva do sítio.
Mais tarde, terá sido iniciada a construção de uma fortificação neste monte, pelos monarcas leoneses (século XIII), oposta ao castelo português de Vila do Touro, do outro lado do Côa, fundado pelos Templários.
A mais antiga referência a este assentamento militar data de 1226, na descrição dos limites do termo da Vila de Alfaiates. Conhece-se outra menção em 1231, numa carta de Fernando III à Vila do Sabugal, citando-a já como aldeia do termo do concelho do Sabugal. A última alusão data de 1320-21, já depois da passagem de Riba-Côa para posse portuguesa, onde se menciona a «igreja de Santa Maria de Caria Talaya».
A partir do século XIV, a aldeia terá sido abandonada e despovoada, pois deixou de deter importância estratégica e militar com o recuo da fronteira castelhana para leste. No local ainda se detectam os vestígios da antiga muralha defensiva, entre os quais alguns silhares com marcas de canteiro. No entanto, são parcos os indícios materiais da antiga povoação que aí terá existido.


Autoria: Marcos Osório

Sitios Arqueológicos a Visitar

Sabugal Velho:

As ruínas do Sabugal Velho situam-se na freguesia de Aldeia Velha. Os vestígios cobrem a totalidade do topo de um pequeno relevo, destacado da superfície planáltica pelos seus 1019 m de altitude, obtendo um amplo domínio visual da plataforma da Guarda/Sabugal, a norte. Para além do potencial estratégico, a ocupação humana do assentamento decorre da sua riqueza mineira, estando confirmada a presença de filões de ferro e estanho nas imediações.
No local foram realizadas escavações arqueológicas, entre 1998 e 2002, que atestaram a presença de vestígios construtivos e de materiais relativos a duas épocas cronológicas: a 1ª fase habitada durante o I milénio a.C. e a 2ª fase de presença humana nos séculos XII-XIII. As conclusões das intervenções nesta estação arqueológica indicam que o Sabugal Velho é um dos sítios arqueológicos fundamentais para o estudo e para a compreensão da proto-história da Beira Interior e da presença leonesa em terras de Riba-Côa.
No local são visíveis diversas construções arruinadas, distribuídas pelo topo do relevo e totalmente envolvidas por um anel de derrube de pedras, delimitando as suas íngremes encostas, e por uma segunda construção exterior de terra batida, apenas na encosta poente. As escavações permitiram apurar que estas ruínas se reportam à última presença humana no relevo, testemunhando uma aldeia medieval fortificada, cujas construções se encontram bem conservadas e dispersas por todo o espaço intra-muralhas. O aglomerado foi organizado com uma planta ortogonal. O casario distribui-se ao longo de uma rua central, para a qual desembocam pequenas e estreitas artérias transversais. Os edifícios, construídos em xisto, apresentam planta rectangular e alinham-se ao longo desses eixos da povoação.
Os trabalhos arqueológicos permitiram detectar um nível de ocupação mais antigo, com interessantes vestígios construtivos de comunidades do Bronze Final e Idade do Ferro, e possibilitaram o conhecimento da sua cultura material: cerâmica manual, cerâmica a torno pintada, cadinhos, escopros, fíbulas, machados de pedra, contas de colar de pasta vítrea, um pendente de xisto, mós de vaivém e pesos de seixo.
Por outro lado, obteve-se também uma panorâmica da vivência quotidiana das populações ribacudanas, durante a presença leonesa dos séculos XII-XIII, através da recolha de algumas mós circulares, escória, ferraduras, argolas e espigões, cravos e pregos, uma chave, moedas, alguidares e outra cerâmica comum doméstica, tampas e testos, uma conta de colar, fivelas de cinturão, uma rela. É a partir deste espólio que se podem obter os melhores paralelos para datar os testemunhos da ocupação humana nos dois diferenciados períodos de ocupação.
O povoado foi reabilitado para ser visitado pela população e os materiais provenientes das campanhas arqueológicas encontram-se expostos no actual Museu Municipal do Sabugal, e constituem um dos seus maiores atractivos de visita.

Autoria: Marcos Osório

Onde Comer

Além do serviço de petiscos existente no festival existem no sabugal os seguintes Restaurantes para comer:


2000 - Rua do Emigrante, 271 752 358

Café Petisqueira Avenida - Av. dos Bombeiros, 271 753 675
Especialidades: Bitoque

Churrasqueira O Pedro - Rua Almeida Garrett, nº3
Especialidades: Churrasco

D. Dinis(RaiHotel)- Largo do Cinema, nº9, 271 750 100, Fax: 271 754 300
Especialidades: Lombinhos de Vitela com aromas da Região

Europa - Rua Teófilo Braga, nº3, 271 753 854
Especialidades: Churrasco, Bacalhau

Girassol - Rua 5 de Outubro, nº20, 271 752 126
Especialidades: Bifes de Vitela, Bacalhau assado

Milénio - Rua Ribeiro do Trancão, 271 752 112
Especialidades: Feijoada à Beirão, Truta do Côa

Mira Côa - Rua Marquês de Pombal, 271 754 206
Especialidades: Cabrito, Bacalhau a Mira Côa

Nortada Snack-bar - Largo da Fonte, 966 794 755
Especialidade: Bifanas, Francesinhas

O Lei - Rua do Rio Côa, 271 752 325
Especialidades: Vitela

O Retiro -Estrada da Sr.ª da Graça, 271 752 298
Especialidades: Picanha a brasileira, Pescada

Pirão - Bairro Quinta das Poltras, 271 753 733
Especialidades: Leitão assado

Pizzaria Sabugalense - Rua Florbela Espanca, 271 754 133
Especialidades: Pizzas, crepes doces

Pizzaria Nogueira - Rua António José de Almeida, 49,913 434 256/919 244 917
Especialidades: Pizzas; Baguetes; Crepes; Saladas; Crepes

Robalo - Largo do Cinema, nº4, 271 753 566/Fax: 271 753 594
Especialidades: Cabrito ou Borrego na Brasa, Bacalhau á casa

Sol rio - Av. Infante D. Henrique, nº58271 753 197/271 752 070
Especialidades: Borrego na panela de ferro, Truta do Côa

domingo, julho 09, 2006

Onde Dormir

Além de um parque de campismo improvisado junto ao Côa podem tambem escolher um dos seguintes locais para dormir:

Residencial "O Robalo"
Telf. 271753566/271753594

Albergaria Santa Isabel "Rai Hotel"

Telf. 271750100
Fax. 271754300
E-Mail: raihotel@clix.pt

Hospedaria Senhora da Graça
Telf. 271754237/8
E-Mail: hospedaria.sradagraca@clix.pt

Residencial "Sol-Rio"
Telf. 271753197
Fax. 271752070

Residencial "O Mesquita"
Telf. 963745716





terça-feira, julho 04, 2006

Bons sonhos



Bons sonhos. Ali do lado direito do rio é o quarto: vista pânoramica, sombra, embalo de água corrente e tecto de estrelas. Levem tenda!
A praia fluvial dispõe de casas de banho (pequenotas) com água corrente e não vão resistir a um banho no Côa para despertar para cada dia.
Se tiverem um ataque de comodismo, a cidade do Sabugal é rica em alojamento.

sexta-feira, junho 30, 2006

Vinda

Como chegar ao paraíso

De Comboio:
É possível chegar até à Guarda de Comboio (3 comboios intercidades diários, 13,50€) e depois chegar ao Sabugal de autocarro, da empresa "Viúva Monteiro" tel: 271 753405

De autocarro:
Consulte a rede expressos.
A empresa "Viúva Monteiro" serve também o Sabugal a partir de Lisboa e Coimbra. tel: 271 753405

De automóvel:
Desde Lisboa

Entre na A1 até Torres Novas. Apanhe a A23 e siga até encontrar a saída Caria/Sabugal. A partir daqui siga sempre a indicação de Sabugal.

Desde o Porto
Entre na A1 em direcção ao Sul. Em Albergaria, vire à esquerda para o IP5 até à Guarda. Passe a primeira saída da Guarda e saia apenas onde disser Guarda Sul / A23. Continue nessa estrada até aparecer a indicação de Sabugal.

Desde Coimbra
Entre no IC2 em direcção ao Norte. Vire à direita na direcção do IP3. Antes de Santa Comba Dão, vire à direita em direcção a Mangualde. Nesta localidade, vire à direita para a IP5 até à Guarda. Passe a primeira saída da Guarda e saia apenas onde disser Guarda Sul / A23. Continue nessa estrada até aparecer a indicação de Sabugal.

quinta-feira, junho 29, 2006

A cereja sobre o cereal

Todas as actividades, com excepção do passeio pedestre e das actividades radicais, são:
Gratuitas

Que desculpa vão inventar para não conhecer o deslumbrante Côa?

Vista da Seara

Quinta feira – 27 de Julho
  • Animação de rua por parte de um grupo de gaiteiros. Animação de rua por parte de um grupo bombos.
  • Recepção aos festivaleiros com workshop de gaita-de-foles
  • Workshop de danças tradicionais europeias por Isabelle Guerbigny
  • Concerto com a banda Chuchurumel
  • Baile com diabo a sete
Sexta feira – 28 de Julho
  • Actividades radicais (tiro com arco, escalada, slide, etc.) – Côa Aventura (Em actividade durante o todo o festival. Também será possivel jogar paint ball mediante inscriçao na organização. Os preços vão variar mediante o número de bolas a comprar por cada um dos jogadores).
  • Fole de Gaitas
  • Concerto com a banda Galandum Galundaina
  • Concerto com a banda Tradere

Sábado – 29 de Julho

  • Banda da Bendada
  • Passeio pedestre até à aldeia de Malcata com almoço de comida tradicional beirã (javali, cabrito, enchidos, sopa caseira). (Participação mínima 20 pessoas, 20 euros cada, concentração no rio, deve ser feita uma pré inscriçao até sexta feira 28 julho junto da organizaçao, o dinheiro servirá para pagar o almoço e os guias que acompanham o grupo de pedestrianistas)
  • Grallers de L’Acord
  • Fole de Gaitas
  • Jogos tradicionais portugueses.
  • Workshop de adufe realizado pelas Adufeiras de Monsanto
  • Mostra de instrumentos da Extremadura, por Enrique Cordero (Extremadura – Espanha
  • Grupo de Coral Sabugal
  • Início do festival de acordeão e realejo.
  • Baile actuação dos fol&ar
  • Baile actuaçao dosParasol danças tradicionais europeias

Domingo – 30 de Julho

  • Passeio a Sortelha em tractor.
  • Grallers de L’Acord
  • Apresentação dos ranchos Folclóricos de Sabugal, Sortelha e Monsanto, Rendo.
  • Actuação do grupo de teatro Guardiões da Lua da aldeia de Quarta Feira.
  • Grupo de Teatro do Sabugal +
  • Concerto com a banda Toque de Caixa
  • Concerto com a banda Dazkarieh

Para qualquer informação use o seguinte mail:

transcudania@gmail.com

responderemos a todas as dúvidas.

quarta-feira, junho 28, 2006

Tradicional

Toque de Caixa

Os Toque de Caixa nasceram com os cantares de janeiras, no natal de 1985. O gosto comum pela música tradicional fez com que os seus músicos, um grupo de amigos, prosseguissem a recriação de novos ambientes sonoros. O moderno e o antigo são elementos de fusão para uma "nova música tradicional". Como os próprios definem, todos os intervenientes nesta banda acreditam que "a música realmente inovadora é praticada por aqueles que reconhecem a profundidade e a complexidade da tradição". "Para se saber o caminho em frente e consolidá-lo, é bom não esquecer o caminho que está para trás, a história e a sua inegável importância". Afirmam.

Teatro

Guardiões da LuaFoto: Hugo Robalo


"Secolorum" é uma peça de teatro que recria tanto quanto possível um qualquer momento do final da Idade Média.
Tempos místicos em que as pessoas viviam assustadas, fechadas em seus medos. Tempos de ladrões e salteadores vulgares que aterrorizavam as pessoas, já por si amedrontadas, percorriam caminhos, feiras e mercados semeando o medo.
O jogo do pau, tal como outros jogos de exibição de força era frequente nessa altura onde houvesse ajuntamentos. Quer fosse uma forma de exibicionismo, quer fosse como ajuste de contas, de rixas anteriores, criadas muitas vezes pelas alcoviteiras. Não faltava nessas ocasiões o senhor Feudal do sítio que passeava pavoneando-se perante os seus servidores.

segunda-feira, junho 26, 2006

4º e Ultimo dia de Safra

Domingo 30 de Julho

10:00 Horas – Passeio a Sortelha em tractor.
11:00 Horas – Grallers de L’Acord
15:00 Horas – Apresentação dos ranchos Folclóricos de Sabugal, Sortelha e Monsanto, Rendo.
17:00 Horas – Actuação do grupo de teatro Guardiões da Lua da aldeia de Quarta Feira.
19:00 Horas – Actuação no Largo da Fonte do Grupo de Teatro do Sabugal +
22:30 Horas – Concerto com a banda Toque de Caixa
24:00 Horas – Concerto com a banda Dazkarieh




sexta-feira, junho 23, 2006

3ª Semente Estrangeira


Parasol

Um duo que explora a cumplicidade do sopro e da concertina, com todos as especiarias da música Francesa. Constroem um baile intimista, entre quem baila e entre músicos, à volta das danças tradicionais Francesas, onde participa a alegria contagiante da Polka electrizada a doce e sensual Mazurka. Um baile de todas as cores, como o chapéu-de-sol. Sobem a palco despidos de adereços de encher o olho, armados de instrumentos que lhes são a extensão do corpo e apenas deixam sair a música, ditando o ritmo do baile a desenrolar. As horas passam, o cansaço instala-se, mas a alegria mantém a chama acesa e a música flúi. Por esta altura, talvez o palco esteja vazio, ou melhor, com duas cadeiras vazias. Os músicos estarão no baile, de onde nunca verdadeiramente saíram, a entregar a música próxima de quem dança. Eles são Éric Thézé e Gérard Godon

Chamem-lhe casa

Por quatro dias....

segunda-feira, junho 19, 2006

Mais Um Grão Para Germinar


Fol&ar


Os Fol&ar pretendem criar bailes de danças tradicionais europeias íntimos, pelos instrumentos utilizados, e dinâmicos pela dança. O casamento de 2 concertinas, embaixatrizes de muita da cultura popular do continente, com um contrabaixo ritmado arrasta os corpos para um baile onde o tempo perde o sentido. Apresentaram-se várias vezes no teatro ibérico em Lisboa, espaço de excelência para a dança.
Resultam de vários anos de confiança pessoal dos músicos e muitas jams sessions conjuntas ao redor da música.

2ª Semente Estrangeira

Grallers de L’Acord



O grupo catalão Grallers de l’Acord tem uma formação estável desde 1979, época em que estes instrumentos tradicionais, da família dos oboés não ocupavam relevância em ambientes de festas populares.
Desde a sua criação, a banda efectuou um trabalho de investigação e recolha de material tradicional com adaptações a outros ritmos e possibilidades melódicas. Por outro lado dedicaram tempo e esforço a leccionar cursos de formação ajudando à formação de novas bandas, imprimindo um estilo pessoal e inconfundível.
Os seus espectáculos enquadram-se dentro dos três principais estilos em que estes instrumentos actuam habitualmente: animação de rua, concertos e bailes.

sábado, junho 17, 2006

Sementeira Tradicional

Galandum Galundaina

Em 1996 nasce o grupo de música tradicional mirandesa Galandum Galundaina, com o objectivo de recolher, investigar e divulgar o património musical, as danças e a língua das terras de Miranda. O grupo faz a ligação entre a antiga geração de músicos e a geração mais jovem, assegurando a continuidade da rica tradição cultural desta região, que durante anos correu o risco de se perder. Os instrumentos usados, réplicas de outros muito antigos, que mantêm o aspecto e sonoridade dos mesmos, são gaitas de fole mirandesas, flauta pastoril, sanfona, caixa de guerra, conchas de Santiago, castanholas, pandeireta, etc. Além da música instrumental, o grupo apresenta um repertório de música com vozes, reproduzindo fielmente as melodias tradicionais, enriquecidas com timbres, ritmos e harmonias capazes de criar emoção e, porque não, alguma modernidade.

3º dia de Safra

Sábado 29 de Julho
Para o terceiro dia de festival propomos as seguintes actividades façam os vossos comentarios a respeito delas e tambem a respeito de outras actividades que se possam realizar.
Arruda com Banda da Bendada
Passeio pedestre até à aldeia de Malcata com almoço de comida tradicional beirã (javali, cabrito, enchidos, sopa caseira). ( A realizar apenas havendo um minimo de 20 pessoas escritas)
Grallers de L’Acord (animação de rua)
Fole de Gaitas (animação de rua)
Jogos tradicionais portugueses
Workshop de adufe realizado pelas Adufeiras de Monsanto (rio)
Mostra de instrumentos da Extremadura, por Enrique Cordero (Extremadura – Espanha) (auditório)
Grupo de Coral Sabugal (Castelo)
Início do festival de acordeão e realejo. – Prof. Rui Chamusco (Castelo)
Baile/actuação dos fol&ar e Parasol danças tradicionais europeias (Castelo)

Semente Estrangeira

Tradere

O grupo formou-se em 1994 com o intuito de fazer uma série de concertos de Natal, devido ao excelente resultado meses mais tarde gravaram o seu primeiro CD “cantos de navidad y Reyes” que recebeu as melhores criticas dos especialistas. Em 2000 publicaram o seu segundo CD de nome “Andar, andola”, álbum que reflecte uma ampla mudança no estilo musical da banda desta feita com musicas mais ligadas a tradição popular da meseta do Douro.
Ao longo da sua carreira alcançaram um curriculum invejável, com actuações em vários países da Europa tais como Portugal Itália e Hungria

terça-feira, junho 13, 2006

Semente Nacional

Toque de caixa

Os Toque de Caixa nasceram com os cantares de janeiras, no natal de 1985. O gosto comum pela música tradicional fez com que os seus músicos, um grupo de amigos, prosseguissem a recriação de novos ambientes sonoros. O moderno e o antigo são elementos de fusão para uma "nova música tradicional". Como os próprios definem, todos os intervenientes nesta banda acreditam que "a música realmente inovadora é praticada por aqueles que reconhecem a profundidade e a complexidade da tradição". "Para se saber o caminho em frente e consolidá-lo, é bom não esquecer o caminho que está para trás, a história e a sua inegável importância". Afirmam.

segunda-feira, junho 12, 2006

As vistas....

Vista "cá de casa", do castelo que nos acolherá quando Julho quiser sair:


Aquele é o Rio Côa, e aquelas árvores darão sombra para acampar e para as actividades diurnas

2º Dia da Safra

SEXTA-FEIRA 28 JULHO

Actividades radicais tiro com arco, escalada, slide, etc.
workshops de dança
Animação de rua com os Fole de Gaitas
Concerto com a banda Galandum Galundaina
Concerto com a banda de Castilha y Leon Tradere

domingo, junho 11, 2006

Património a visitar

Castelo do Sabugal


O castelo do Sabugal está situado, na Cidade do Sabugal sobre um outeiro na margem direita do rio côa. A povoação do Sabugal tem origens lusitanas, conhecem-se inscrições que nos permitem dizer que as terras de riba côa eram provavelmente habitadas por um povo chamado Transcudani como aliàs o prova uma epígrafe situada na Ponte de Alcântara na província de Cáceres Espanha.
Sabe-se tambem da ocupação Romana como alias se depreende dos vestígios existentes, como pedras almofadadas, e Tegulae As excelentes condições geo-estratégicas do Sabugal fizeram com que Afonso IX de Leão permitisse a separação do Sabugal do conselho de Ciudad Rodrigo dando carta (Alfoz) ao Sabugal e ao mesmo tempo mandou reconstruir a fortaleza já ai existente.
Só em 1297 o Sabugal passou de vez a ser territorio nacional através da assinatura do Tratado de Alcanizes (povoação Espanhola perto de Zámora). Tendo D. Dinis mandado reconstruir a fortaleza tendo entregue tal tarefa ao arquitecto Frei Pedro Do Mosteiro de Alcobaça, as obras começaram por volta de 1297 terminando em 1303.
No que diz respeito ao Castelo ele foi construído de raiz por ordem de D. Dinis, terá sido construído sob uma da parte da cerca defensiva Leonesa como se pode observar na parte NO do Castelo onde se pode observar a diferença no aparelho de construção, da parte Leonesa ainda é possível ver vestígios das escadarias leonesas que levariam ao adarve, parte da muralha que servia para patrulha, isto quer fora quer dentro do castelo ou da cidadela melhor dizendo.
É também fácil verificar que o castelo não foi construído na mesma altura que a cerca defensiva da povoação, comparando a cantaria de ambas construções. As muralhas apresentam grosseiros e toscos silhares de granito, assentes sem argamassa, enquanto que Na cidadela se observa a conjugação de dois tipos de aparelho: a cantaria granítica e a alvenaria de xisto argamassado.
A construção duma torre de menagem de cinco quinas adossada à cidadela foi outra das medidas defensivas de D. Dinis como é confirmado pelo seu escudo de armas inserido em duas faces da muralha foi edificada no ponto mais elevado do outeiro com o objectivo de compensar a sua localização extremada a poente do aglomerado, pois do cimo da construção obtém-se um óptimo controlo visual das terras planálticas da Meseta.
Esta torre e um perfeito exemplo da arquitectura militar gótica como se pode constatar pela sua localização exterior as muralhas e por estar junto à porta de entrada em regra a parte mais sensível do castelo, quer pela sua forma pentagunal e utilização de balcões com mata cães um sistema de tiro vertical que é o maior exemplo defesa activa, provavelmente o balcão com mata cães é uma invençao militar portuguesa, o que e certo e que foi Portugal o palco perfeito para a sua utilização e afirmação como sistema defensivo .
A estrutura destaca-se pelos seus 28 metros de altura e pelos seus balcões com mata cães em cada uma das suas faces do 3º. Piso, até ao 1º andar a torre é maciça, como se concluí-o em trabalhos arqueológicos realizados recentemente pelo arqueólogo Marcos Osório no seu interior, ao contrário do que se pensava no início deste século, quando se acreditava ter uma grande cave cheia de riquezas.
As cinco quinas da torre são um dos ex. – libris da Cidade do Sabugal.
Falta referir ainda outro importante estilo arquitectónico e militar representado no actual Castelo do Sabugal, correspondente à intervenção Manuelina durante este periodo houve introdução de novas técnicas construtivas e defensivas.
Em 1811 o castelo serviu como base de apoio as tropas luso-britanicas no combate contra Massena.
Durante as convulsões da 1ª metade do século XIX (1846) a praça de armas foi entulhada e convertida em cemitério, o que implicou a destruição do que restava dos edifícios da cidadela. O espaço constituiu o cemitério da Vila até cerca 1925, quando foi transferido para o actual lugar.
Os Monumentos Nacionais executaram alguns trabalhos de restauro e preservação do imóvel na década de 30, procurando manter a originalidade possível, tendo também a mesma instituição em conjunto com a autarquia recentemente realizado obras de beneficiação da fortaleza tendo construído nela um palco e bancadas que de certo iram servir para transformar o espaço que tanto já deu ao Sabugal, num espaço vivo e centro de cultura onde se poderão realizar todo o tipo de espectáculos.

quinta-feira, junho 08, 2006

Celeiro

Diabo a sete


Os Diabo a Sete apareceram nos inícios de 2003 em Coimbra e formaram-se a partir da vontade de tocar e reinventar a música portuguesa de raiz tradicional.
Acreditamos que os ritmos e melodias que tocamos e que ouvimos por todo o país, seja em recolhas seja no labor musical de outros grupos, não são meros ecos de um passado mumificado. Traduzem, isso sim, uma forma de interpretar a riqueza musical do nosso país, feita de permanências, esquecimentos e cruzamentos fecundos com outras culturas.Se o lustro que habitamos é aquilo a que se convencionou chamar de música tradicional, não o fazemos, contudo, com o intuito de recuperar uma pretensa “pureza perdida” ou de tratar em termos de rigor “científico” as sonoridades e os instrumentos.
Transportamos ritmos e sons já outrora esboçados, mas com o intuito de fazê-los reviver, através das nossas experiências e do prazer que sentimos em tocar. É com estes ingredientes que pretendemos agitar um caldeirão antigo e de lá extrair algo novo.

Continuação da Safra

Chuhchurumel

Tal como tantas outras, também esta história pode começar por “Era uma vez…”.
Era uma vez um atelier muito grande. Ficava no Feital, no concelho de Trancoso, e era da Maria Lino, uma amiga escultora e pintora que tinha regressado há uns anos da Alemanha. Aí se encontraram dois músicos, ambos com grande interesse pelas tradições e pela música portuguesa.
Começaram a trabalhar juntos e decidiram baptizar-se. Procuraram, procuraram, até que encontraram o nome numa lenga-lenga chamada “O castelo de Chuchurumel”. Quando nasceu, Chuchurumel admirava as canções que o Michel e outros tantos como ele tinham descoberto e guardado com profundo amor. (Estava-lhe no sangue…) Juntou algumas dessas canções e cantou-as vezes sem conta num espectáculo chamado “Canções de Todo o Ano”. Depois fez um disco e mais um espectáculo (“Tapete Voador”).
E afinal, o que faz Chuchurumel? Canta e toca música tradicional portuguesa, usa muitos instrumentos e muitos sons, faz oficinas de formação, constrói instrumentos, faz nascer espectáculos para lugares especiais e adora salvar vidas: conversar com as memórias dos outros e fazer recolhas. Também gosta de pesquisar todos e quaisquer tipos de sons e de usar computadores e outras caixinhas mágicas.
Após dois anos de trabalho, Chuchurumel edita o seu primeiro disco, no castelo de Chuchurumel, que apresenta temas da tradição popular portuguesa (nomeadamente do distrito da Guarda) e composições originais.

Alguns dos temas gravados no castelo de Chuchurumel foram recolhidos por José Franco e publicados na revista “Altitude”, nos inícios da década de 40 do século passado: Canção da Ceifa (Gonçalo, Guarda); Aninhas (Sobral da Serra, Guarda); Cantilena de pedreiro (Barreira, Mêda); outros remetem para universos sonoros marcantes (os bombos da festa dos Montes, Trancoso), para a voz única de algumas informantes (Júlia Fonseca e Maria Augusta Moleira) ou para relatos singulares (relato de Lúcia Jorge a propósito dos trabalhos do linho).
O disco inclui também uma canção única: trata-se de “Se soenes crunhe penhar”, a única canção com letra elaborada na gíria de Quadrazais (Sabugal). Trata-se de uma gíria usada pelos antigos contrabandistas e que hoje está praticamente esquecida.No castelo de Chuchurumel, misturam-se instrumentos convencionais (percussões, gaita-de-foles, concertina, piano, ocarina, viola, bandolim), com instrumentos simples (pedras, paus), com outros construídos por César Prata e com programações.

quarta-feira, junho 07, 2006

3ª Semente

Isabelle Guerbigny

Isabelle Guerbigny é monitora de dança tradicional europeia na Escola Pé de Dança, em Évora, e numa série de festivais nacionais e estrangeiros. É membro do grupo Uxu Kalhus (como monitora de dança) e leccionou aulas intensivas de «Danças do Poitou» no quadro dos encontros da dança (Besançon - França). Desde 1979, participa em vários festivais e encontros de dança tradicional em Portugal e em França. Realiza regularmente oficinas de dança em Coimbra, Oliveira de Frades e Viseu.

2ª Semente


Quinta-feira – 27 de Julho

Animação de rua - Bombos
Animação de rua - Gaiteiros.
Workshop de gaita-de-foles e bombos
Workshop de danças tradicionais europeias por Isabelle Guerbigny
Chuchurumel
Diabo a Sete

segunda-feira, junho 05, 2006

Património a Visitar:

O complexo termal do Cró está situado entre as freguesias da Rapoula do Côa e Seixo do Côa, (15 Quilómetros da sede de concelho). As suas origens são antiquíssimas e possivelmente poderão ter sido usadas pelos Romanos, mas no entanto as notícias do uso das suas águas remonta só até ao século XVIII (1726).
É já só no séc. XX que estas começam a ser exploradas, 1912 (Guilherme Ivens Ferras) mas por vários motivos mas este projecto não foi para a frente.
Em 1935 (António Monteiro e Joaquim Manuel Antunes) durante a gerência destes construiu-se o velho balneário do qual hoje em dia podemos ver as ruínas deste outrora grande edifício.
Em 1955 esta sociedade foi vendida a uma outra sociedade (SPES) formada por três sócios (Alberto Dinis da Fonseca, Joaquim da Fonseca e Aureliano Dias Fernandes). Foi durante esta gerência que as termas viveram o seu período áureo que durou até 1975, a partir daí as termas foram votadas ao abandono e vandalismo, só mais recentemente as termas voltaram a ser exploradas devido ao esforço da autarquia que mandou instalar no local um balneário provisório onde se tomam os banhos.
É ideia da câmara revitalizar o complexo termal e fazer dele um dos pólos de grande atracção turística do concelho. Ao chegarmos ao local podemos ver a sua magnífica paisagem e o resto dos edifícios que formavam o complexo termal entre os quais se contam o velho balneário os poços de armazenamento de água termal a velha igreja de Nossa Senhora dos Milagres, a respeito da qual existe uma curiosa lenda. Podemos ver ainda a velha pensão dos milagres onde os banhistas se alojavam durante a época balnear e tomavam as suas refeições. O local é atravessado pela ribeira do Cró também conhecida por ribeira do Boi, esta faz a separação entre as duas freguesias é possível atravessá-la através de uns pontões.

terça-feira, maio 23, 2006

A proposta

A todos quantos partilham o gosto por cultura popular...
Aos que querem apresentar aquele projecto que vai deixar o mundo boquiaberto...
Ás ideias loucas, ás propostas arrojadas ou simples..

A transcudânia quer ouvir a todos.
Há espaço no festival de música tradicional do Côa para novas ideias, para inovar.
Digam-nos o que querem fazer, nós diremos quando.

transcudania@gmail.com

A espiga

De 27 a 30 de Julho: velhas raízes, novos valores... a vida de sempre

A semente



Ponte romana de Alcântara - Cacéres.

Nomes das tribos lusitanas que habitavam a Peninsula Ibérica. Pode-se ler o nome "Lancienses Transcudani" a possível tribo que habitou as terras de Riba Côa na próto-História, de onde deriva o nome Transcudânia.
De todas as tribos só se sabe o local exacto onde viviam os Egaeditani, na actual Idanha.